24 ABRIL 2018 - Lapa/PR - Por ocasião da celebração na passagem dos trinta anos desde o falecimento de Monsenhor Henrique Falarz, o CMPC – Conselho Missionário Pastoral da Matriz da Paróquia de Santo Antônio da Lapa, solicitou à Câmara de Vereadores do Município a aprovação de homenagem ao Monsenhor Henrique que serviu a Igreja e o Município da Lapa por quase cinquenta anos, entre os anos de 1939 a 1988.

Aos fundos da Igreja Matriz de Santo Antônio há uma praça até então chamada Praça Presidente Castelo Branco. A partir do mês de outubro esta praça passará a ser chamada Praça Monsenhor Henrique Falarz. Neste dia 19 de abril o CMPC agradece à Câmara de Vereadores e ao sr. Prefeito Municipal por concederem esta homenagem ao sacerdote que permanece vivo na memória do povo lapeano.

Também estão sendo organizadas pela Paróquia de Santo Antônio da Lapa, pela Associação Literária Lapeana, pela Secretaria da Cultura e Turismo do Município, outras homenagens como, por exemplo, a exposição no Santuário de São Benedito dos objetos e vestuário pertencentes ao Monsenhor Henrique; a organização de um livro de crônicas, memória dos amigos de Monsenhor, entre outros. De um bom senhor, como diz o povo, permanecem as boas lembranças.

 Padre Celmo Suchek de Lima - Pároco da Paróquia Santo Antônio da Lapa.


Conheça um pouco da trajetória de Monsenhor Henrique na Lapa

A Paróquia de Santo Antônio da Lapa, fundada a 13 de junho de 1769, já perfez uma longa e perseverante caminhada de vida religiosa, e, juntamente com ela páginas brilhantes da história do Paraná e do Brasil. Vinculadas às mesmas, existe um nome e um personagem, que percorreu uma trajetória de meio século na cidade da lapa, tendo uma vida coroada de êxitos na grande missão de propagar o Reino de Deus, e que se tornou lapiano desde o momento em que aqui chegou.

Monsenhor Henrique trilhou uma jornada de cinquenta anos devotados a um sacerdócio dignificante, evangelizando e abençoando, sendo aqui a voz do próprio Deus, deixando pegadas tão marcantes e significantes, no decorrer de sua existência que ficarão para sempre gravadas no tempo.
Todos esses anos que esteve no ofício de Pároco, foram produtivos em obras benéficas para seus paroquianos, pois trabalhou incansavelmente. Forte e corajoso em suas decisões jamais perdia o ânimo. Era um homem humilde de muita oração e possuía um carisma especial, pois se fazia amigo de todos, sendo o conselheiro, o bom pastor, o servidor, o evangelizador. Andou por toda a parte, sempre com muita disponibilidade, muitas vezes a cavalo, de carroça, a pé, anunciando o Evangelho de Cristo e denunciando o pecado.

Está na lembrança de todos, pois cada um tem um motivo para isso, quer através de um batizado, casamento, festas e mesmo nos momentos de dor, quando assistia nossos entes queridos, ou quer lembrando do programa: “Pesando minha consciência” através da Rádio Legendária às 15 horas; quer lembrando dele atravessando a praça com uma malinha na mão, indo orar e conversar com os doentes no Hospital “Hipólito” sempre as 16 horas, levando conforto e fortaleza espiritual, deixando uma palavra de ânimo e de esperança a cada um deles.

Lembramos muito também, quando no início de cada ano, benzia nossos lares; comparecia em todas as solenidades cívicas e sociais, como formaturas de estudantes, solenidades no Quartel, ou outro local. Era o sacerdote e o cidadão. Foi tão simples e singular no agir, porém, uma pessoa especial: amava e era amado por todos.

Como homem de ação foi o idealizador de várias obras por ele deixadas; entre elas citamos as inúmeras capelas construídas e reformadas em todo o interior do município e cidade; a construção da nova e atual casa paroquial, a aquisição da Rádio Legendária, a construção do novo prédio do museu, a casa comunitária, a restauração da sede paroquial, o Cristo Redentor nas escarpas do Monge e o Santuário de São Benedito, que é orgulho de nossa terra. Tinha tempo para tudo e para todos.

Este foi o sacerdote que a Lapa teve de 1939 a 1988. Tudo o que a ele se refere não pode ser esquecido, pois aqueles que nasceram após a sua trajetória devem aprender a venerá-lo como nós. Realmente, Monsenhor Henrique merece ser recordado pelos pósteros, pois ele está e estará vivo na mente dos paroquianos da Lapa, como diz o Livro dos Hebreus (11,4): “Mesmo depois de morto, ele ainda fala”.

Bertilha Teider

 

Foto: Monsenhor Henrique Falarz