18 SETEMBRO 2025

DIOCESE DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS/PR


Escuta, espiritualidade e corresponsabilidade marcam o ritmo da fase de implementação do Sínodo na diocese.

No último sábado (13 de setembro), a Paróquia São Pedro, em São José dos Pinhais, acolheu o encontro do Conselho Missionário Pastoral Diocesano (CMPD) e das coordenações dos Conselhos Missionários Pastorais Paroquiais (CMPP).

O encontro foi promovido pela Coordenação da Ação Evangelizadora Diocesana (AED) como parte do percurso da fase de implementação do Sínodo dos Bispos 2021–2024. A atividade marca a continuidade de um processo sinodal vivo na diocese, iniciado ainda em 2021 com escutas nas comunidades, passando pela V Assembleia Diocesana de Pastoral, pela estruturação do Projeto Reiniciação e pelo fortalecimento dos conselhos (CMPD e CMPP) como espaços de comunhão e discernimento.

ACOLHIDA E ABERTURA

Abrindo oficialmente os trabalhos, Pe. Celmo Suchek de Lima, coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, destacou os quatro objetivos centrais do encontro: apresentar o Documento Final do Sínodo e o apelo da Igreja para sua implementação; apresentar o Percurso Diocesano de Implementação com foco nos próximos passos; motivar as lideranças para a realização das Assembleias Subsetoriais; reavivar o ardor missionário e o espírito sinodal nas comunidades da diocese.

Pe. Celmo também enfatizou a importância dos dois grupos presentes no encontro: os coordenadores e secretários dos CMPPs, que continuarão a reflexão nas paróquias, e os assessores e coordenadores diocesanos de pastorais, movimentos e organismos, que têm a missão de animar e apoiar o envolvimento das paróquias no processo de implementação do Sínodo.

ORAÇÃO INICIAL: CULTIVAR UMA VIDA DE FRUTOS BONS

O encontro foi iniciado com um momento orante centrado no Evangelho de Lucas (6,43-45): “Toda árvore é reconhecida pelos seus frutos”. Após a proclamação da Palavra, a meditação de Dom Celso Antônio Marchiori convidou os participantes a olharem para a própria vida à luz da figura da árvore boa, cuidada por Deus, que deve gerar frutos do Espírito. “Todo o Evangelho de Jesus, os seus ensinamentos, se desenvolvem nas coisas do dia a dia, como essa Palavra que acabamos de ouvir. Somos uma árvore boa, cultivada por um Pai. Mas será que estamos produzindo bons frutos?”, questionou o bispo.

Dom Celso também falou sobre a importância de contemplar os frutos do Espírito Santo, como a mansidão, a humildade, a alegria e a proximidade, presentes na vida de Cristo e refletidos no coração da Igreja.

TRÊS TEMAS APROFUNDAM A FASE DE IMPLEMENTAÇÃO DO SÍNODO

A parte formativa foi organizada em três blocos temáticos, cada um abordando aspectos essenciais da implementação do Sínodo na diocese.

Diogo Marangon Pessotto apresentou as cinco partes do Documento Final do Sínodo dos Bispos, destacando que esta fase é o tempo de traduzir o discernimento em ação pastoral concreta, por meio de experiências sinodais e mudanças práticas, com criatividade e coragem.

Zilda de Fátima Muliki dos Santos explicou o percurso diocesano entre setembro e novembro, com foco na formação das coordenações dos CMPPs, no estudo paroquial do Documento Final do Sínodo e na realização das Assembleias Subsetoriais. Ela reforçou que o caminho deve ser vivido como travessia espiritual e pastoral, com protagonismo das comunidades.

Léo Marcelo Plantes Machado apresentou a metodologia das Assembleias Subsetoriais, marcadas para 8 de novembro. Ele destacou que esses encontros são espaços vivos de escuta e discernimento territorial, fundamentais para a construção coletiva das prioridades pastorais da diocese.

RESSONÂNCIA: ESCUTAR O QUE O ESPÍRITO DIZ ÀS COMUNIDADES

O primeiro tema foi vivenciado em ressonância em trios, seguida de partilha coletiva. A dinâmica, conduzida por Ir. Elisiane Borges, favoreceu a escuta mútua e o discernimento sobre os principais apelos do Documento Final à luz das realidades paroquiais. Ao final, os participantes partilharam palavras, imagens e sentimentos que expressaram o que mais tocou cada grupo.

ORIENTAÇÕES PRÁTICAS E PRÓXIMO PASSO

Durante o encontro, foram repassadas as orientações para a realização das assembleias:

  • Cada paróquia enviará seus representantes (sobretudo CMPPs);
  • Os locais serão definidos por cada subsetor;
  • A assessoria será garantida pela Coordenação da Ação Evangelizadora Diocesana (AED) e o Grupo de Reflexão da Ação Evangelizadora Diocesana (GRAED);
  • A organização local ficará a cargo das paróquias anfitriãs;
  • As inscrições serão centralizadas na Secretaria Diocesana da AED;
  • Cada participante levará algo para o lanche partilhado;
  • Haverá atenção ao cuidado com a Casa Comum e à presença de brigadistas.

Uma carta convocatória oficial sobre as Assembleias Subsetoriais será enviada em breve às paróquias, com orientações detalhadas sobre a organização, os critérios de participação e os documentos necessários.

Os assessores e coordenadores diocesanos de pastorais, movimentos e ministérios foram motivados a incentivar os coordenadores paroquiais das respectivas áreas de atuação a estudarem o Documento Final do Sínodo em suas comunidades. Da mesma forma, as equipes diocesanas também são chamadas a se engajar nesse processo de aprofundamento e discernimento pastoral.

PROJETO REINICIAÇÃO: PRÁTICA VIVA DA SINODALIDADE

Léo Marcelo destacou que o Projeto Reiniciação, iniciado em 2022, já é uma resposta concreta aos apelos do Sínodo, por integrar escuta, itinerário formativo, pequenos grupos, acompanhamento e celebrações. Em chave catecumenal e sinodal, o projeto valoriza a conversão pessoal, os sacramentos da Iniciação Cristã e a formação de comunidades missionárias, servindo como base para a implementação do Documento Final na Diocese.

ORAÇÃO FINAL E ENVIO COM SÍMBOLO VIVO DA MISSÃO

O encontro foi encerrado com uma oração de envio profundamente simbólica, que recordou a história e a missão da diocese. Cada participante recebeu uma muda de planta, sinal visível do compromisso com o cultivo da sinodalidade nas comunidades.

A oração foi conduzida por Pe. Celmo Suchek de Lima, que destacou a trajetória da Diocese desde a sua criação em 2006. Foram lembrados, com gratidão, os três bispos diocesanos: Dom Ladislau Biernaski, que preparou a terra e lançou as sementes da missão; Dom Francisco Carlos Bach, que organizou os conselhos e fortaleceu a participação; Dom Celso Antônio Marchiori, que atualmente cultiva com paciência e escuta os frutos da sinodalidade em andamento.

Dom Celso recordou o versículo proclamado no início do encontro, “Toda árvore é reconhecida pelos seus frutos” e convidou os participantes a plantarem as mudas como sinal de continuidade, esperança e compromisso missionário. “Assim como estas plantas precisam ser cuidadas com atenção e carinho, também a nossa Igreja precisa ser regada com oração, escuta, corresponsabilidade e amor fraterno”, destacou o bispo.

Com esse momento simbólico, os participantes foram enviados a continuar o processo iniciado, agora enraizados no Evangelho e comprometidos com a implementação concreta do Sínodo em suas comunidades.

Setor de Comunicação - Diocese de São José dos Pinhais/PR
Ação Evangelizadora Diocesana (AED)