16 SETEMBRO 2018 - Cidade do Vaticano - Como acontece nessas ocasiões, o Pontífice respondeu a três perguntas que lhe foram feitas com o bom humor que o caracteriza, usando metáforas da tecnologia, mas também com tom contundente quando o tema o exigia.

 

O encontro com os jovens na Praça Politeama concluiu a visita do Papa Francisco à Sicília. Como acontece nessas ocasiões, o Pontífice respondeu a três perguntas que lhe foram feitas com o bom humor que o caracteriza, usando metáforas da tecnologia, mas também com tom contundente quando o tema o exigia.

Dom Quixote e Sancho Pança

O primeiro questionamento foi sobre ouvir e responder ao chamado do Senhor. Deus odeia a preguiça e ama a ação, disse o Papa. Mas não se trata de se mover para manter-se em forma, mas mover o coração. “Melhor ser Dom Quixote do que Sancho Pança!”, afirmou, citando o clássico espanhol do "bom idealista" e do "preguiçoso realista". Deus não nos fala no celular, mas na relação com o outro. É preciso caminhar, buscar, sonhar e servir.

Eu e nós

Francisco mudou de tom para responder à segunda pergunta, sobre o significado do acolhimento e da dignidade humana para um cristão. “Penso no amanhã e lhes digo: ou será juntos ou não será.” Para isso, não basta compartilhar posts nas redes sociais; são necessárias redes reais, não virtuais. É preciso construir o futuro com base no plural, não no singular, aprendendo também a dizer “não”. Não à mentalidade mafiosa e à ilegalidade, que corroem a dignidade humana. Não à violência: quem usa a violência, qualquer tipo de violência, não é humano.

Aurora de esperança

O Papa encorajou os jovens a denunciarem situações de exploração, afirmando é preciso de homens e mulheres verdadeiros. Por fim, Francisco respondeu à última pergunta, sobre como ser jovem na Sicília. A resposta foi: sendo aurora de esperança. “Não ao fatalismo e sim à esperança cristã. Não à resignação. Há uma missão a realizar: ser portadores saudáveis da esperança pascal, ser auroras de esperança.”

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